quarta-feira, 2 de maio de 2007

Sonhos...

E o que é real?
Algo que chamamos de real, eu presumo.
E o que é sonho?
O sonho é tudo aquilo que é selvagem, indomável.
Que não está preso às maldições do tempo e do espaço.
Quando sonhamos, nos livramos das amarras do consciente.
Subconsciente Inconsciente, inconsistente, (ir)real.
Intransigente, intermitente, iminente, atemporal.
Levemente, rapidamente, adimensional.
Humanamente, livremente, ilegal.
Irascívelmente, neologisticamente, banal.

Geme o homem por detrás do espelho.
Aquele homem em estado natural.
Que é puro desejo.
Puro instinto.

Aquela sombra inconstante.
Que vez por outra transborda da nossa xícara de chá.
Adoçada com boas maneiras e costumes.
È o azedume do inconsciente.
É o amargor da vontade.
É tudo e ao mesmo tempo é nada.
E quando vem Morfeu, com um sorriso maroto.
E derrama de sua areia em nosso chá.
Ele transborda.
E daí vem a inspiração.
Daí vem as vontades suprimidas.
Daí vem o ego reprimido.
Nos domínios do Sonhar somos reis e somos plebeus.
Somos cavaleiro e dragão.
Temos asas e voamos em aviões.
Lá temos as mulheres que queremos.
Mas não podemos tocá-las.
Somos escravos de nossa liberdade.

E então, vem o chamado para a vida real.
Lá, somos gente comum.
E lá as pessoas bebem dos primeiros goles do nosso chá.

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