sábado, 26 de dezembro de 2009

Como um livro

Tento ler te cada dia
Como quem lê uma poesia
Leio por apreciar a estética
De tua existência

Cada página uma memória
Cada linha um verso do ser
Cada capítulo um ano...
Um livro onde leio, mas tento escrever

Tento escrever em ti a minha história
Se bem que livro também eu sou
E enquanto escrevo com a pena do destino
Minha vida reescreve-se também.

Sem rimas, pois existir é caos!
Não há lógica na existência, nem nos fatos.
Como autores, vamos apenas tentando agrupar
Versos brancos, loucos e furiosos.

Por isso, não sou um soneto.
Minhas sílabas não são fixas,
minhas estrofes são irregulares
E meu fim ainda não se sabe: reticências.