Tento ler te cada dia
Como quem lê uma poesia
Leio por apreciar a estética
De tua existência
Cada página uma memória
Cada linha um verso do ser
Cada capítulo um ano...
Um livro onde leio, mas tento escrever
Tento escrever em ti a minha história
Se bem que livro também eu sou
E enquanto escrevo com a pena do destino
Minha vida reescreve-se também.
Sem rimas, pois existir é caos!
Não há lógica na existência, nem nos fatos.
Como autores, vamos apenas tentando agrupar
Versos brancos, loucos e furiosos.
Por isso, não sou um soneto.
Minhas sílabas não são fixas,
minhas estrofes são irregulares
E meu fim ainda não se sabe: reticências.
Um comentário:
Caramba, adorei!
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