Aguardo pelo dia
Do enterro da minha melancolia
Aguardo o dia
Em que meu sertão irá se tornar mar
Nesse dia lutarei contigo, mas contigo não lutarei
Ao invés de um guerreiro errante
Agora o servo de um Rei.
E que os peritos digam:
''Aquele que fez a lua,
Aquele que criou o mar
Aquele que criou o deserto
Te trouxe para perto
E te fez ressucitar''
No dia em que morrer minha melancolia
Irá irromper a mais bela poesia
Que escrita não estará
A mais bela música, que ninguém pode cantar
No dia em que morrer minha melancolia
Minha pena cessará, meu canto não se ouvirá
Porque música e poesia não serão mais palavras conhecidas
Antes, como o próprio ar que se respira sem se notar
Assim minha vida será:
Uma poesia doce, um verso livre
Um acorde não mais dissonante
Mas sim uma sinfonia
Da celestial harmonia
que o Criador regerá!
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