sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um poema Fibonacciano

O que sinto no momento [é o tempo]
E e embora me digam [tome tento]
Tento achar algo meu

Intento achar o meu eu [não o seu]
E me pergunto se realmente quero algum querer
Ou se até mesmo meu querer algum querer é [o que você quer]

[Digo o que queres] Que não quero mais tal ''querença''
Quero reencontrar a crença de acreditar que posso acreditar
Que tenho que metaquerer o que me inquerem

[E como saber o que querer se não se sabe nem querer?]
Como continuar querendo querer escrever [um poema sobre desejar]
Arfar, almejar, aspirar ao próprio aspirar

Respirar um verso que não seja [seu]
Dissertar sobre o [que quer] eu
Escrever um poema que o seja verdadeiramente [meu]

Sem [entre]linhas suas, apenas verdades[nuas]
Não [a um autocompletar] de um terceiro
Que acaba por oprimir [o] primeiro

Como se pode chegar a algum lugar,
se não se sabe o seu [lugar]
É impossível de chegar sem mergulhar

Quebro as amarras do próprio,
sem temer ser impróprio,
Para que eu [próprio] seja eu e não mais[você]

Escorregar nos meus verbetes, que golpeiam como porretes
A minha terrível máscara de querer [um querer alheio]
O seio de minha própria consciência.

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