sábado, 15 de dezembro de 2007

breve crônica de uma saudade.

Não, não lavei os pratos...
Estão sujos desde aquele nosso último jantar.
As velas ainda estão lá derretidas...
A roupa ainda está jogada no chão.

Tudo isso compõe
A minha crônica de saudades
Crônica esta com um começo
que eu conheço...
Mas com um fim sem fim.

Um fim que eu acho que nunca chega.

Ah, essa palavra...
Saudades...

Ao invés de voar da sua boca como a palavra tempo,
ela fica presa na sua língua.
Esperando o momento certo para poder sair.

É como um vinho que espera virar vinagre...
Talvez para poder curar as feridas...
Talvez para poder zombar de alguém.

Sei apenas que é amargo...

E eu agora encontro-me perdido
Em um mundo que não sei como entrei.
Um mar de absinto, de fel.

Que tento diluir em poesia e música.

Mas não dá.
E nesse mar sem fim, não há porto seguro
Nem terra à vista.
E tudo lentamente cede o gosto ao amargo torpor
Da tua distância...
Tudo vai perdendo a cor.

Um comentário:

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