Pois é: ''Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu''. Nesses dias, o tempo parece andar para trás, de tão lento que está. Nos sentimos pequenos, bem menos protagonistas de uma epopéia cósmica onde todos os outros parecem apenas figurantes. Nesses dias, nos sentimos ausentes de nós mesmos, ou, nos sentimos como alguém que existe apenas na memória dos outros. Largamos a idéia de que o mundo é uma aventura ''minha''.
''A gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu ''
Parece que as coisas se desenvolvem de uma maneira tão alheia a nós mesmos, que nos perguntamos se nós paramos de existir, ou se o planeta é que gira rápido demais. Queremos algum tempo para podermos sofrer em paz, algo como quando você leva um soco na ''boca do estômago'' e precisa de um tempo para respirar. Ou um chute no saco, se você for homem.
É isso, talvez como numa briga:'' A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar''.
Queremos que o mundo pare para podermos reagir, não sei, tomarmos as rédeas das situações, voltarmos a ser (pretensiosamente) os atores.
"Mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá"
Então vem a roda viva e nos atropela entre suas engrenagens, como Charlie Chaplin no filme tempos modernos: Somos uma engrenagem destruída pelo processo. Logo nos damos conta de que os ônibus continuarão a rodar pela cidade, os caixas eletrônicos irão vomitar valores simbólicos, pessoas irão se casar, se divorciar, morrerem e nascerem, tudo isso alheio ao nosso controle, demonstrando que o nosso universo não é mais tão nosso quanto imaginamos, e suas cordas estão bem longe das nossas mãos. Nesse tempo psicológico: "Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião. O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração.''
''A gente vai contra a corrente, até não poder resistir. Na volta do barco é que sente, o quanto deixou de cumprir''.
De protagonistas, somos vítimas do terrível. Remamos contra o destino, apenas para manter a nossa sanidade mental. O rio da vida vem, as atribulações a sua correnteza, e então percebemos o quanto apenas sobrevivemos.
É isso, talvez como numa briga:'' A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar''.
Queremos que o mundo pare para podermos reagir, não sei, tomarmos as rédeas das situações, voltarmos a ser (pretensiosamente) os atores.
"Mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá"
Então vem a roda viva e nos atropela entre suas engrenagens, como Charlie Chaplin no filme tempos modernos: Somos uma engrenagem destruída pelo processo. Logo nos damos conta de que os ônibus continuarão a rodar pela cidade, os caixas eletrônicos irão vomitar valores simbólicos, pessoas irão se casar, se divorciar, morrerem e nascerem, tudo isso alheio ao nosso controle, demonstrando que o nosso universo não é mais tão nosso quanto imaginamos, e suas cordas estão bem longe das nossas mãos. Nesse tempo psicológico: "Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião. O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração.''
''A gente vai contra a corrente, até não poder resistir. Na volta do barco é que sente, o quanto deixou de cumprir''.
De protagonistas, somos vítimas do terrível. Remamos contra o destino, apenas para manter a nossa sanidade mental. O rio da vida vem, as atribulações a sua correnteza, e então percebemos o quanto apenas sobrevivemos.
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